sábado, 14 de abril de 2012


Capitulo 7-  O guia

Ana acordou com o sol batendo em seu rosto. O sol brilhava o céu estava azul era possível ouvir o som dos pássaros.

Nossa que delicia de sono hoje dia promete. – Ana se levantou e foi até o banheiro, colocou a banheira para e se olhou no espelho, ela não sabia ao certo o que havia mudado nela, olhava o seu reflexo e não conseguia entender se por fora ela continuava a mesma Ana por dentro uma semente havia brotado e ela nem fazia idéia do que o futuro estava preparando. Depois de se examinar e constatar que estava a mesma Ana entrou na banheira e ligou o Ipod entre as milhares de musicas uma em especial chamou a atenção era SAVE ME.

“Puxa, nem sabia que tinha colocado essa musica aqui, se bem que acho que não é só eu que ando precisando que alguém me salve”- Aquela música não a fez pensar em Cauã, mas sim também em Taylor.” Será que ele está bem?”- Ana fechou os olhos e ficou pensando no dono daquela voz que a fazia se sentir tão bem.



Na casa de Taylor o silêncio não reinava mais as crianças já estavam acordadas e ele ouvia ao longe as risadas de seus filhos, também dormira com as cortinas abertas e sentia que o sol havia queimado sua face.

- Droga vou ficar igual a um pimentão. - Reclamava enquanto se levantava e ia até o banheiro. Tomou banho, escovou os dentes e foi escolher algo para vestir ,  quando a porta do quarto se abriu ele virou-se para ver se era um de seus filhos, mas encontrou só o olhar vazio de Natalie.

_ Bom dia, Tay?- Tentando colocar um sorriso nos lábios.

- Bom dia, Nat.- Disse seco.

- Você já vai para o estúdio?

-Não, não estou com cabeça para gravar nada. - Nat havia ficado feliz com a noticia talvez ela pudesse aproveitar esse tempo com Taylor e fazê-lo mudar de idéia.

- Que tal se nos fossemos fazer um passeio a sós?- Taylor entendeu aonde ela queria chegar e não queria que Natalie alimentasse falsas esperanças. Ele havia terminado de se vestir, virou-se na direção de Natalie e disse:

_ Não leve a mal, mas eu preciso desse tempo para mim, preciso ficar sozinho. – Ela abaixou a cabeça deu um sorriso amarelo para Taylor e se retirou esse voltou a olhar no espelho, penteou os cabelos e foi para a sala ao chegar à sala deu um beijo em seus filhos pegou as chaves do carro e saiu.

No Hall de entrada do prédio Jennifer esperava Ana.

-Bom dia Jen.

- Bom dia Ana. - Jen  havia percebido que Ana estava mais contente do que no da anterior.

- Vamos que hoje e tenho dois clientes para visitar, você está muito contente hoje, viu passarinho azul?

_ Que isso Jen, eu só estou me sentindo feliz.

- Que bom passa um pouco dessa felicidade para mim porque hoje eu vou ficar estressada.

As duas riram e entraram no carro de Jen, foram conversando até chegar ao campus.

_ Obrigada Jen, tenha um ótimo dia e procura não se estressar. - Ana sorria para a amiga.

- Vou tentar... você tem certeza que não quer passar no meu escritório mais tarde, assim poderíamos ir embora juntas?

- Não obrigada, prefiro ir caminhando assim posso conhecer melhor a cidade.

- Você é quem sabe, qualquer coisa me liga.

- Pode deixar bye.

- Bye.

Ana caminhava pelo campus da escola até que ouviu alguém gritando o seu nome, era Bem que vinha correndo atrás dela.

- Nosssa você não anda você corre.

_ Ah, Bem até parece, com você está?

_ Eu vou bem, entendeu Ben?- Rindo da cara que Ana fazia, essa deu um empurrão nele.

_ Como você é sem graça. Rindo também

- Vamos para lanchonete ainda tem tempo antes da aula?

_ Claro quem sabe a Thais esta por lá. - Ana disse e segui com Ben até a lanchonete, avistaram Thais em meio a livros café e torta.

-Sabia que íamos te encontrar aqui. - Ana se sentou ao lado de Thais.

_Nossa saiu da guerra. - Ben também se sentou mais a frente de Thais.

- Oi gente tem muito trabalho para eu fazer e sem comer eu não consigo pensar direito.

Eles se olharam e caíram na gargalhada. Até que Ben lembrou que a aula já iria começar. Seguiram para a aula e sentaram próximos.

O professor o Sr. Foster falava sobre o amor na visão literária. - Ana prestava muita atenção.

_ Vocês ao lerem uma obra já repararam como o Amor é relatado na literatura? O amor é sempre impossível, inalcançável, sempre sofrido, na maioria das vezes platônica, não correspondida. – Ana sentia como se cada palavra que o senhor Foster proferisse fosse sobre a relação dela com o amor. Viajou em seus pensamentos, lembrou-se do dia em que pegou no flagra Cauã e Patrícia. Fechou os olhos e balançou a cabeça para que aquela imagem saísse de seus pensamentos.  Voltou sua atenção para a aula.

_ Eu quero que vocês façam uma analise sobre o amor e a literatura, vocês podem até fazer uma auto-analise se vocês procuram o amor real ou o amor literário.  Pesquisem conversem com seus colegas e vale até buscar em suas relações amorosas.  Vocês têm um mês para trazer a pesquisa e a analise. - Todos estavam comentando a aula do Sr. Foster.

- Muito boa essa aula, acho que vou ter bastante material para a analise. - Thais falava sem parar.

_ O bom que você trabalha numa editora você poderia tentar falar com alguns escritores. - Ben também estava empolgado, eles logo perceberam que Ana estava mais atrás deles e em silêncio.

-Aconteceu algo Ana?- Thais perguntou preocupada. O que fez Ana sair de seu mundinho.

- Aham? Ah tá não, não aconteceu nada.

- Você está um pouco distraída. - Bem também havia notado que Ana não estava bem.

_ Nada mesmo, é sério também estou empolgada e com vontade de começar logo a pesquisa.

-Que bom, vamos almoçar então?

- Não vai dar eu tenho que ir para o trabalho. – Thais deu um beijo em cada um e foi para o estacionamento.

- E você Ana?

- Hoje não vai dar Ben, eu estou um pouco cansada prefiro ir para casa.

- Se você quiser eu te levo,

- Obrigada, mas vou passar no escritório da Jen.

- Ok então fica para a próxima.

- Ok combinado. - Ana não sabia ao certo porque havia mentindo para Ben, mas a verdade é que ele a cercava e ela já havia percebido isso.

Taylor havia passado boa parte do dia visitando museus, e rodando pelas lojas de musica da cidade, olhou para o relógio e viu que horas eram.

“Hora de ir para o parque, quem sabe eu não a encontro de novo.”

Ana caminhou pela cidade e estava passando novamente em frente ao parque, como ela não estava se sentindo muito bem depois de tanto ouvir falar sobre o amor, resolveu entrar e ficar sentada vendo os patinhos no lago. De longe Taylor avistou a figura daquela menina-mulher. Ela estava linda jeans, blusinha branca e um cardigã rosa ele se aproximou e disse.

_ Sabia que hoje era um dia de sorte e que eu iria te encontrar aqui. - Ana assim que ouviu a voz se virou e viu a imagem de Taylor sorrindo para ela, agora os papeis estavam invertidos.

Oi Taylor – Disse sorrindo docemente.

Oi Anna- puxando ela para perto e lhe dando um beijo no rosto, Ana sentiu o corpo contrair com o toque dos lábios de Taylor em sua face.

_Que bom que eu te encontrei aqui. - Ana arqueou as sobrancelhas.

-Por quê?- Disse curiosa.

-Porque eu gostaria de te levar para conhecer melhor Oklahoma.

_ Resumindo você quer ser o meu guia turístico? Ana sorria e seus olhos brilhavam.

_ Exatamente, se você quiser é claro. -Retribuindo o sorriso.

Ana se levantou do banco sorrindo para Taylor.

_Então para onde você vai me levar?

- Segredo... Vamos?- Taylor estendeu as mãos para Ana, que aceitou e colocou o seu braço envolto no braço de Taylor.

Os dois caminhavam sorridentes pelo park, mas Ana estava curiosa para saber aonde Taylor a levaria e o porquê dele estar ali.

-Posso te fazer uma pergunta Taylor?

-Hummmm me deixar ver, se for perguntar novamente para onde nós iremos à resposta é não.

- Sem graça, não é nada disso. - Ana ria com as graças de Taylor. -Mas confesso que estou curiosa para saber.

- Sabia... Você é muito curiosa Ana. -Taylor também ria da situação e da cara que Ana fazia, ele abriu a porta do carro para ela e se dirigiu ao banco do motorista.

- Pode perguntar. – Respondeu dando um sorriso de canto e partindo com o carro pela Avenida de Tulsa.

-Porque você quer ser o meu guia hoje? Não que eu não queira, mas você é um homem ocupado e que eu saiba vocês tem a gravação do novo álbum, não é?

-Uauau, você tem certeza que não é jornalista? Estou me sentindo como numa coletiva de imprensa.

_ Desculpe, não quis te colocar na parede.

- Fica tranquila, não achei ruim as suas perguntas, lá vai... Hoje não tem gravação, acho que vou ficar um tempo sem ir ao estúdio, estamos meio que buscando “inspiração”- Taylor escondeu o verdadeiro motivo, não que não confiasse em Ana, mas não queria expor seus sentimentos. - E eu quero ser seu guia hoje porque a conversa que tivemos me fez muito bem, e há tempos eu não me sentia tão bem e tão a vontade com alguém. - Ele tirou os olhos da estrada e olhou para Ana sorrindo, um sorriso de cumplicidade que  foi retribuído, dessa vez  ele não conseguiu esconder o que se passava dentro dele.

- Obrigada pela honra de ser meu guia, e vou levar essas palavras como um elogio.

-Com certeza. Sorrindo ainda mais. - Ana percebe que eles não estão, mais no centro de Tulsa e estão pegando uma estrada para fora da cidade.

-Estamos saindo da cidade?

-Sim senhorita. - Ele disse arrumando os óculos escuros.  Começou a mexer no rádio, parou numa rádio que tocava CLOSER, do King of Leon. Taylor cantava junto e Ana admirava o show particular que Taylor estava dando, ela o observava e obervava a paisagem a sua volta. Ana pensava como poderia estar ali sentada ao lado de um ídolo da musica e o ouvindo cantar só para ela. Passado uma hora de viajem eles chegaram numa cidadezinha, o centro era bem menor que o centro de Tulsa.

-Chegamos senhorita, a Jenks. Uma das mais aconchegantes cidades que eu conheço... E muito especial para mim.

Taylor estacionou o carro em frente a um restaurante, como sempre ele abriu a porta do carro para Ana.

- Acho que você deve estar com fome, porque eu to morto!

- Vou te confessar uma coisa... Também estou morta de fome!

- Que bom aqui tem uma das melhores comidas do estado de Oklahoma.- Taylor pegou na mão de Ana entrelaçou seus dedos nos dela,  e saiu de mãos dadas. Ele não havia percebido, mas Ana olhava para suas mãos juntas e sentia um frio percorrer seu corpo ela não sabia explicar se era porque isso era errado, afinal ele era casado ou porque no fundo estava sentindo que corria perigo ao se aproximar dele. Eles entraram no restaurante que não estava cheio, o garçom indicou a mesa e eles foram se sentar, foi então que Ana conseguiu sair o transe e tirar suas mãos das de Taylor. Esse quando percebeu o que havia acontecido.

- Me deculpe, fui pegando na sua mão. –Disse envergonhado.

-Não fique assim, não achei ruim, eu até gostei. Corando mais um pouco e desta vez foi Ana que não conseguiu esconder os sentimentos.

- Só achei errado porque você é um homem casado. - Taylor ficou em silêncio afinal de contas ela estava certa e o que ele estava fazendo era errado. E Ana percebeu uma tristeza em seus olhos.

Eles fizeram o pedido para o garçom, e almoçaram em silêncio. Ana já estava arrependida de ter aceitado estar ali com ele e principalmente por ter falado sobre o casamento, que pelo andar da carruagem não estava nada bom. Até que Taylor quebrou o silêncio, pedindo a conta.

- Vamos? –Disse olhando para Ana, porém sem estender as mãos para ela. Ana sentia se mal por estragar um dia tão lindo.

-Quero te mostrar o lugar da minha infância. - Eles saíram do restaurante e seguiram pela cidade. Pararam em frente a um grande portão, Taylor desceu e abriu o enorme portão de ferro seguiram até uma casa bem grande e bonita, parecia que há tempos ninguém ia lá. Ana ficou maravilhada com a casa.

- Foi aqui que eu nasci.








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